Na véspera das eleições o governo federal coloca na rua uma continuação do Minha Casa, Minha Vida, com a venda de produtos como os da linha branca e televisões para a população sem análise de risco ou de cadastro, sem comprovação de renda ou seja mais o que for.
Ora, isto deve ser combatido pelos tribunais eleitorais. Mas o que sabemos é que o Dias Toffoli está lá no TSE, como um presidente que queria tirar o poder de mando dos promotores em tempos eleitorais para favorecer o partido a que se emparelha. Isto é simplesmente vexamoso.
Começamos com o Minha Casa, Minha Vida, passamos pelos bolsas qualquer coisa e agora colocamos o cabresto na população com migalhas eletrodomésticas. A que ponto chegamos. Ou melhor, ainda há algum patamar para descer? Ou é o fundo do poço?
Num livro, que tem também um filme homônimo, chamado Freekonomics, vemos economistas tentando explicar de maneira quase bestatlógica como funciona a economia e como o ser humano trabalha em sua cabeça as benesses. Tudo do tipo "comparação entre dar o peixe e ensinar a pescar". Para quem já está aqui a mais tempo, é coisa repetida, mas ainda está em funcionamento.
Em um trecho, um economista ( esqueci o nome ), conta o caso da sua filha de 3 anos, que fazia xixi na calça. Após pensar, achou que seria interessante criar um condicionamento, num relacionamento ganha-ganha. Ofereceu balas à garota cada vez que ela fosse boazinha ao banheiro. A garotinha pedia a bala, como que avisando da necessidade de ir ao banheiro e ele as fornecia. Foi que veio o problema. De uma garotinha com xixi solto, a menina começou a controlá-lo com grande eficiência, indo ao banheiro 10 vezes ao dia ou mais, para ganhar as balas, conforme combinado.
O caso não deve ser verídico, mas ilustra bem o que fazemos com a população. Condicionamos errado, dando ao invés de cobrar. Tem que haver mecanismos diferentes.
Em casa, já sabemos que isto não funciona. Também não adianta os planos só de perdas. Uma coisa mista deve ser suficiente. Com o dever é assim. Se fizer ganha e se não fizer perde. Simples assim. Não há mais espaço para aquele papo de não fez mais do que a obrigação, mas também ninguém vai dar nada sem esforço. Se funciona em casa, deve funcionar na rua.
Historicamente, podemos citar algumas crises:
1929: Talvez o pior momento da economia Americana, com milhares de desempregados e pessoas realmente à beira de um colapso, vagando pelo interior do país sem destino e sem esperança. Na época, claro que o governo ajudou com a distribuição gratuita de comida, os famosos sopões. Mas o que de melhor foi feito, foi a contratação urgente de milhares de pessoas para construir o que hoje são símbolos nacionais, como a represa Roosevelt. Foram criados empregos e todos aqueles que quiseram, recuperaram sua dignidade através do trabalho. Ninguém GANHOU nem um centavo.
2008: Outro momento historicamente complexo foi a recente quebra do sistema imobiliário, que foi apelidado de bolha. Ora, o governo resolveu obrigar os bancos a dar crédito a milhares de pessoas sem análise de crédito ou de situação e capacidade financeira. As pessoas simplesmente compraram. Mesmo aquelas sem condições de pagar. Os bancos, irresponsavelmente, mas ganhando para isso, criaram fundos imobiliários e compraram e venderam títulos das dívidas imobiliárias. Quando a população começou a não pagar, e imóveis começaram a ser tomados em todo o país, o sistema ruiu e viram que os imóveis haviam sido superavaliados e que os fundos não tinham lastro. Milhares perderam suas casas e outros tantos, seus investimentos. Sem liquidez, O banco Lemhan Brothers faliu, o Bear Sterns foi fundido e o governo teve que alimentar o sistema financeiro com grande parte de suas reservas para que tudo não fosse para o ralo.
Algo similar ao que vemos acontecendo no Minha Casa, Minha Vida? E ainda tem mais? Que se prepare o lombo.
Os jornalistas do SBT estão ficando doidos com estas coisas.
Veja o vídeo.
Opinião na história!!