Em processo de pesquisa para fomentar idéias , sempre baseadas na história, recorro muito à internet, principalmente textos e livros de domínio público. Outros livros pesquisados são os guardados em casa, da minha pequena Biblioteca Particular.
É com tristeza que exponho nestas breves linhas o que houve com minha estimada Biblioteca. Rato de sebos do Maleta e do centrão, além de frequentar livrarias como Status, Ouvidor e Leitura ( antes ) e hoje ( Café Book e Dom Quixote ), é certo que acumulei com esmero uma quantidade razoável de livros, guardando-os com o cuidado devido. Entretanto, numa situação adversa, dessas que não vale a pena contar, me deparei com uma mudança de casa e empresa ao mesmo tempo, não tendo espaço suficiente para colocar os livros em uma estante, local mais que merecido. Encaixotei, então, colocando-os empilhados no mesmo ambiente em que trabalhava. Só quando as coisas mudaram e tive novamente um local para colocá-los ( não todos, é claro. Alguns são inseparáveis ), abri as caixas. Surpresa maior não poderia haver. De pouco em pouco, alguns funcionários se apropriaram dos meus livros, vendendo-os por nada ou quase, para fazer a cachaça da sexta-feira. Outros, os do fundo das caixas, simplesmente estavam molhando e eu não havia reparado. Todos tomados por bolor, fungos e traças. Imprestáveis, enfim.
Alguns ainda salvei, mesmo me estado deplorável, como a coleção "Pensadores" ou "Os Economistas", todos em capa dura, do tempo de assinatura do Círculo do Livro. Outros se foram. Uma coleção dos livros de Malba Tahan, pseudônimo do escritor Júlio César de Melo Sousa, com diversos livros das " Mil e uma noites", inclusive o imperdível " O Homem que Calculava". Os hoje badalados livros de J.R.R Tolkien, inclusive Samarilion.
Outros livros da minha infância e juventude também já não estão mais comigo, como a coleção de João Carlos Marinho Silva, com " O gênio de crime", "Sangue Fresco" e "Caneco de Prata" e outros. Minha coleção do Júlio Verne também se foi.
Na era da literatura digital, que fui o último a defender, muitos livros não são mais comprados, são baixados da internet. Assim, quando meu filho mais velho precisou ler "A volta ao mundo em 80 dias", simplesmente baixamos. Se de tudo que é ruim, temos que extrair algo de bom, ainda há que se pensar na inclusão que o mundo digital tem o poder de fornecer. Resta saber se nossa juventude irá reconhecer e aproveitar.
Apesar da estante hoje vazia, já que perdi mais de 1000 livros e não há mais desejo e dinheiro para repô-los, me incluí nos leitores e escritores digitais.
Ao encontrar na minha Biblioteca Particular um exemplar do livro "Viagem pitoresca através do Brasil", de Johann Moritz Rugendas, de 1835, tive um momento de felicidade única, tanto com a sensação de achar um tesouro como com o conhecimento de época que me trouxe suas páginas. Suas ilustrações farão parte da ambientação do meu próximo romance, " Assassinato na Estrada Real ", ainda sem prazo para acabar. Enquanto isso, através das citações deste e de outro livro, tão bom ou melhor que o primeiro, pelo menos para o tema estudado, com o título "Boa Ventura", de Lucas Figueiredo, acessei as informações em Portugal da Torre do Tombo. Incrivelmente, há publicações de 1711, 1731 e outras. Isto só sobre o assunto pesquisado.
Foi bacana ver cartas de Vasco da Gama a Pedro Álvares Cabral reproduzidas integralmente, além de vários outros documentos públicos, que têm ligação direta com os acontecimentos históricos do Brasil, desde seu "descobrimento", em 1500.
Além destes, já reli digitalmente " Os Irmãos Karamazóvsk ", de Fiódor Dostoiévsk e "A Revolução dos Bichos", de George Orwell, só para citar alguns.
O meu livro " Ecos do Comunismo" está em processo de revisão, e fará parte dos livros vendidos pela internet, talvez sem edição física. Quem sabe?
Independente dos livros físicos, vamos continuar lendo!!
Opinião na História!!!
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)