quarta-feira, 9 de abril de 2014

Mais uma vez Mino

Mais uma vez Mino

Sistematicamente venho criticando a postura de certos jornalistas, reportagens e até do Editor da revista Carta Capital. Não é, então surpresa, saber que tantos outros o fazem, cada um a seu modo. Alguns ruidosos, outros silenciosos. Eu cansei do silêncio. Ele retumba na minha cabeça todas as vezes que leio – e leio sempre – críticas levianas e irresponsáveis. Não só na publicação CartaCapital, mas em todas as outras.
Desta vez, no Editorial, o jornalista toma para si o papel de mártir e de herói mau agradecido por patrões e colegas. Esquece das suas posições e dos desvios que elas cometem. Inúmeras vezes vi o Ministro Joaquim Barbosa ser retratado como ignorante, egocêntrico e tantas outras bravatas. Acho que não vão ao essencial e têm a intenção de “comer pelas beiradas”.
Os fatos são claros e não podem ser esquecidos. O Ministro não lesou,roubou ou fez mal. Somente foi incisivo dentro do direito que lhe cabia, como presidente da suprema corte. Não há indícios que tenha usado seu cargo em favor de interesses políticos. Como ele mesmo fez questão de enfatizar, em entrevista última ao D´ávila, não vai, apesar da sua pouca idade, almejar cargos públicos do poder legislativo, se concentrando no judiciário. Como chegou ao cargo máximo no país, é provável que vá cuidar do que é do seu gosto, sejam flores, livros ou viagens. Se não houve interesse, e se os notórios culpados estão presos, qual é então a grande raiva?
Pois é, agora com a comemoração dos 50 anos do golpe militar, vemos que a esquerda xiita não aprendeu nada. Mesmo com a máquina e o poder nas mãos, não sabe e não tem mesmo o que fazer. Ainda pede bênçãos a uma mini-potência que produz charutos de grande qualidade, médicos em quantidade e nada mais. As avaliações continuam tendenciosas. Se um inimigo rouba, deve ser preso, morto, esquartejado e pendurado em praça pública. Se um amigo faz a mesma coisa, teve um propósito distinto e deve ser carregado nos braços do povo, pois foi em seu interesse.
A imprensa vem de novo dar o exemplo de tudo isto. Mino Carta reclama em seu editorial “A tentativa de ser víbora”, sobre as pretensões de seus colegas de, por razões insondáveis, procurar deslizes morais em sua carreira, e diz “E nem falemos dos esforços despendidos para apontar em CartaCapital uma publicação que sobrevive por obra da publicidade governista”. Como sempre, numa mescla de revolta e vingança, tenta justificar o injustificável.
Diversas vezes colocamos comparações entre a quantidade de publicidade do governo e particulares que existem nas revistas de conteúdo semanal. Nem por isso sou contra as diferenças de opinião e a pluralidade de conteúdo. Procuro, inclusive, nesta guerra silenciosa, buscar o equilíbrio do antagônico. Fazer críticas de cunho factual e não político ou sentimental. Sempre defendendo o estado de direito, as instituições e o direito ‘a propriedade. Mas vamos aos números:
Veja
IstoÉ
CartaCapital

2366

2314

793

Total geral de páginas ( contando capa e contracapa )
148

118

94

Total geral de páginas de propaganda
39,33
26,57%
31
26,27%
13,5
14,36%
Total de propagandas do governo
6
15,26%
6
19,35%
7
51,85%
Total de propagandas que não são do governo
33,33
84,74%
25
80,65%
4,5
33,33%
 Total de propagandas da própria revista
0,5
1,27%

0,00%
2
14,81%
Descrição


CartaCapital

Descrição




794


Total geral de páginas ( contando capa e contracapa )




86


Total geral de páginas de propaganda




18,5
21,51%

Total de propagandas do governo




10
54,05%

Total de propagandas que não são do governo




8,5
45,95%

 Total de propagandas da própria revista




2
10,81%


Num outro momento, após coletar os dados das outras publicações vou postar. De qualquer forma, cada um que tire suas próprias conclusões. Os números estão aí e não mentem. Mas deve ser coincidência.

Opinião na História!!

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