Mais uma vez
Mino
Sistematicamente
venho criticando a postura de certos jornalistas, reportagens e até do Editor
da revista Carta Capital. Não é, então surpresa, saber que tantos outros o
fazem, cada um a seu modo. Alguns ruidosos, outros silenciosos. Eu cansei do
silêncio. Ele retumba na minha cabeça todas as vezes que leio – e leio sempre –
críticas levianas e irresponsáveis. Não só na publicação CartaCapital, mas em
todas as outras.
Desta vez, no
Editorial, o jornalista toma para si o papel de mártir e de herói mau
agradecido por patrões e colegas. Esquece das suas posições e dos desvios que
elas cometem. Inúmeras vezes vi o Ministro Joaquim Barbosa ser retratado como
ignorante, egocêntrico e tantas outras bravatas. Acho que não vão ao essencial
e têm a intenção de “comer pelas beiradas”.
Os fatos são
claros e não podem ser esquecidos. O Ministro não lesou,roubou ou fez mal.
Somente foi incisivo dentro do direito que lhe cabia, como presidente da
suprema corte. Não há indícios que tenha usado seu cargo em favor de interesses
políticos. Como ele mesmo fez questão de enfatizar, em entrevista última ao D´ávila,
não vai, apesar da sua pouca idade, almejar cargos públicos do poder
legislativo, se concentrando no judiciário. Como chegou ao cargo máximo no
país, é provável que vá cuidar do que é do seu gosto, sejam flores, livros ou
viagens. Se não houve interesse, e se os notórios culpados estão presos, qual é
então a grande raiva?
Pois é, agora
com a comemoração dos 50 anos do golpe militar, vemos que a esquerda xiita não
aprendeu nada. Mesmo com a máquina e o poder nas mãos, não sabe e não tem mesmo
o que fazer. Ainda pede bênçãos a uma mini-potência que produz charutos de grande
qualidade, médicos em quantidade e nada mais. As avaliações continuam
tendenciosas. Se um inimigo rouba, deve ser preso, morto, esquartejado e
pendurado em praça pública. Se um amigo faz a mesma coisa, teve um propósito
distinto e deve ser carregado nos braços do povo, pois foi em seu interesse.
A imprensa vem
de novo dar o exemplo de tudo isto. Mino Carta reclama em seu editorial “A
tentativa de ser víbora”, sobre as pretensões de seus colegas de, por razões insondáveis,
procurar deslizes morais em sua carreira, e diz “E nem falemos dos esforços
despendidos para apontar em CartaCapital uma publicação que sobrevive por obra
da publicidade governista”. Como sempre, numa mescla de revolta e vingança,
tenta justificar o injustificável.
Diversas vezes
colocamos comparações entre a quantidade de publicidade do governo e
particulares que existem nas revistas de conteúdo semanal. Nem por isso sou
contra as diferenças de opinião e a pluralidade de conteúdo. Procuro, inclusive,
nesta guerra silenciosa, buscar o equilíbrio do antagônico. Fazer críticas de
cunho factual e não político ou sentimental. Sempre defendendo o estado de
direito, as instituições e o direito ‘a propriedade. Mas vamos aos números:
Veja
|
IstoÉ
|
CartaCapital
|
||||||||||
2366
|
2314
|
793
|
||||||||||
Total
geral de páginas ( contando capa e contracapa )
|
148
|
118
|
94
|
|||||||||
Total
geral de páginas de propaganda
|
39,33
|
26,57%
|
31
|
26,27%
|
13,5
|
14,36%
|
||||||
Total de
propagandas do governo
|
6
|
15,26%
|
6
|
19,35%
|
7
|
51,85%
|
||||||
Total de
propagandas que não são do governo
|
33,33
|
84,74%
|
25
|
80,65%
|
4,5
|
33,33%
|
||||||
Total de propagandas da própria revista
|
0,5
|
1,27%
|
0,00%
|
2
|
14,81%
|
|||||||
Descrição
|
CartaCapital
|
|||||||||||
Descrição
|
794
|
|||||||||||
Total geral de páginas ( contando
capa e contracapa )
|
86
|
|||||||||||
Total
geral de páginas de propaganda
|
18,5
|
21,51%
|
||||||||||
Total de
propagandas do governo
|
10
|
54,05%
|
||||||||||
Total de
propagandas que não são do governo
|
8,5
|
45,95%
|
||||||||||
Total de propagandas da própria revista
|
2
|
10,81%
|
||||||||||
Num outro
momento, após coletar os dados das outras publicações vou postar. De qualquer
forma, cada um que tire suas próprias conclusões. Os números estão aí e não
mentem. Mas deve ser coincidência.
Opinião na
História!!