domingo, 8 de junho de 2014

Roda Viva - A entrevista de Aécio Neves

E Viva a Roda que gira!!


Ralmente um dos expoentes da democracia o programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo. Com jornalistas convidados de peso no cenário nacional, coloca saia justa em entrevistados e entrevistadores.
No início da semana o entrevistado foi Aécio Neves. Como um local apolítico, não cabe aqui fazer nenhum tipo de juízo de valor ou procurar defeitos e mazelas, quaisquer que sejam em seu perfil pessoal. O que cabe é o campo das idéias. E vamos nos ater a este.

1 - Coerência:


Somente procurando no google, podemos achar facilmente a entevista do Roda Viva na íntegra. Mas coudado. Eu, incauto, cliquei no primeiro vídeo que apareceu e acabei vendo a entrevista concedida pelo mesmo Aécio em 2011. Um programa menor, com menos jornalistas e conduzido pela Marília Gabriela, deixou Aécio bem à vontade para, desguarnecido de interesses eleitorais, ainda distantes, se mostrar como pessoa e político. Depois de 4 blocos de um bom programa, passei ao Roda Viva de 02/06/2014. Apesar de um clima bem mais carregado e incisivo, ví um Aécio defender exatamente as mesmas coisas que havia dito em 2011, mostrando grande coerência.

2 - Plano de governo:


Em ambientes corporativos empresariais, vemos com naturalidade as proposições de Aécio.

. Um plano de governo detalhado, com nomes de importância e expressão nacional para ocupar cargos de ministros e secretários de estado " O bom empresário não aquele que sozinho sabe tudo e faz tudo, é aquele que sabe reunir e motivar a melhor equipe, que se cerca das melhores pessoas". Citações como esta são fáceis de encontrar em qualquer busca na internet e são unanimidade entre todos.
. Implementação do mereticismo e remuneração com base em metas no serviço público federal;
. Diminuição de ministérios;
. Formação de uma agenda política nacional, com necessidade de votação de temas como reforma tributária, flexibilização das leis do trabalho e outras;
. Desaparelhamento do estado, diminuindo os cargos comissionados e aumentando a ocupação de cargos importantes por pessoas de carreira

3 - Relação com a oposição no congresso:


. Os políticos de oposição são poucos no Brasil. Os políticos atuais pouco sabem de ideologias e das necessidades das pessoas. Só ficam à espreita, trocando apoio por cargos. Incrivelmente, este é o único candidato que estabelece uma volta ao passado, com apoio pelas idéias, independente dos partidos. Pode ser utopia, mas soa bem.


4 - A Internet:


Como é de praxe, o que vemos nos debates pós entrevista em diversos sites e blogs, é uma concentração de comentários sobre o que realmente pouco importa, deixando de lado os dados que realmente podem fazer diferença para o Brasil como um todo.
É fácil lembrar das pessoas falando do José Serra, que num dado momento foi ridicularizado por parecer com um arenque, ou o Lula com o Brucutu. Que importam estas colocações? A que levam o ridículo ao invés da idéias? Desta vez um jornalista da revista Piauí enfatizou o uso de cocaína pelo senador e obteve uma resposta dentro do seu comportamento. Só para explicar: O que esperava o repórter e os críticos de plantão? Que ele dissesse: " Não meus caros, eu fumei mas não traguei"? Claro que sei que cocaína não se fuma, mas algo do tipo, como disse um presidente americano.
O jornalista, então, não queria ouvir, queria se fazer ouvir, numa atitude crítica disfarçada de pergunta.

5 - Conclusão:


Na verdade, não quero nem saber se o Lula bebe em excesso, se o Aécio é adepto das drogas ou se a Dilma é sapatão. Precisamos, e muito neste momento, que as pessoas entendam a importância do debate, que mantém ativas as nossas esperanças de um país melhor.
Se a abertura do debate político, a volta aos interesses do Brasil e não de grupos ideológicos ultrapassados estiver com Aécio, estou com ele. Se for com outro, que seja.


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