quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Reforma Tributária:

Um grande assunto no quesito importância mas também de grande complexidade de discussão e implantação. É fato que o Brasil tem a maior carga tributária hoje de toda a sua história. Pelo quinto nossos compatriotas da Inconfidência Mineira foram enforcados, esquartejados e exibidos aos pedaços nos caminhos e praças públicas. Fato também é que os governos mantêm seu voraz apetite arrecadador baseados em crescentes gastos e necessidade de mantê-los, até mesmo devido ‘a responsabilidade fiscal. A conta não fecha. Balela malhar com notável populismo que o errado está aqui ou acolá. Difícil é fazer.
O tempo inteiro vemos debates acalorados entre economistas que se mantêm no campo das idéias, sem nunca dar soluções factíveis  e políticos despreparados para entender o peso real da máquina que carregam e como administrá-la sem comprometer o pagamento do funcionalismo, a previdência pública e os serviços básicos. Nem falamos de investimentos.
O tempo todo nos deparamos com os populistas de plantão esbravejando sobre roubos, desvios milionários e outras tantas falcatruas que já foram ou que estão sendo inventadas. Já se utilizaram de empreiteiras (ganharam rios de dinheiro no passado e hoje estão penando ), de publicitários, dos fornecedores de marmita, dos banqueiros e até dos fabricantes de remédios para fazer os desvios, seja ao próprio bolso ou ao caixa 2 de campanhas eleitorais ( Há, isto é outra Opinião na História! ).
Entretanto, o fato recorrente é que não há propostas reais e factíveis hoje para sanar os problemas sem criar um outro maior, já que os gastos públicos são crescentes e devem ser pagos. Se a receita pública vem de alguns poucos dividendos de empresas controladas e de impostos, como não deixar que acompanhem? Em entrevista outro dia vi o Ciro Gomes debatendo o assunto e me assombrei. Como ficamos ‘a margem da realidade, iluminando por baixo da peneira do sol apenas os assuntos que nos indignam. Os importantes ficam ‘a margem, invisíveis. A própria mídia os faz invisíveis, mas deviam ser recorrentes.
Vimos nos últimos anos um esforço crescente da receita federal e das receitas estaduais para conter a sonegação, recorrendo a multas e fiscalizações. Será que fiscal tem meta? Pode receber um variávelzinho? E quem controlaria o fiscal em sua ânsia arrecadadora participativa? Temos organismos de controle? E do outro lado, os informais, os sem nota, qual o real peso da falta de arrecadação da parte deles? Cadê esta conta? Cadê os economistas? Estão fazendo a famosa economia de citações. Como são economistas, elevam sua inteligência apoiados na nossa eterna ignorância, citando nomes de peso a cada punhado de palavras para justificar ou simplesmente engrupir. Só ouvimos “Adam Smith” isso, a teoria “Keynesiana” aquilo. Resumindo, falam economês. Não sai nada para omundo real.
Em outros tempos estes debates filosóficos me eram mais importantes. Com cada vez menos tempo neste mundo, tendo a escolher o campo das respostas ao invés do das idéias. Diminuir gastos públicos com a administração? Sempre. Tantos ministérios? Impossível. Reforma previdenciária? Agora!!Diminuir funcionários visando não a distribuição de cargos politicamente mas a eficiência dos serviços? É sempre bom.  Equacionar esta e tantas outras contas para diminuir os gastos focando nos problemas maiores primeiro e na sequência os gradativamente menores até a extinção, se isto for algo possível. Precisamos de mais gestores , contadores e administradores para elaborar um plano de ações factível, dentro de um horizonte responsável, sem os arroubos e sem impingir surpresas nem aos funcionários públicos nem ‘a sociedade em geral. Os planos surgidos ‘a noite e aplicados no raiar do dia ficaram para a História como os momentos mais traumáticos da vida econômica recente do país. Quem com 40 anos ou mais não se recorda do Plano Collor e Cruzado, que mexeram com a sociedade, do grande empresário até a dona de casa, fiscal do Sarney? Maquiavelismos necessários ‘a parte, o melhor caminho é sempre a discussão, reflexão, discussão de novo, nova reflexão e execução. E então, vontade política para implementar.
Depois de diminuir os gastos, com superávit ‘a vista, falamos então de reforma tributária e desmonte da enorme máquina pública usada na arrecadação. Talvez reforma tributária não seja apenas diminuição deste ou daquele imposto, talvez seja melhor uma unificação de tributos. Idéias não faltam.
Dados interessantes podem ser colhidos no portal da transparência: www.portaltransparencia.gov.br
Qual a sua opinião? Está virando história!

Este Blog é apolítico.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Teoria da Conspiração

Uma teroria da conspiração estatística, a se formar toda semana.
Como assim uma teoria da conspiração estatística? Simples. Como adorador inveterado dos números desde os tempos de outrora, estou sempre tentando resumir o imensurável e subjetivo em equações palpáveis e com valores numéricos, além de parâmetros de desvio e aferimento. Ora, não faz muito me debrucei na tentativa de elaborar uma fórmula paramétrica para entabular todo o subjetivo universo das ações em bolsa e seus comportamentos a curto e longo prazos. Cotação atual + ( Patrimônio/número de ações )+ ações de governança + atuação junto ao governo + (participação do BNDES)2 + ( empresa no governo de hoje Friboi, Odebrech, BTG Pactual ) – condição do mercado externo ...+..- = resultado, é claro que ainda sem nenhuma condição ( ou nunca ) de fornecer resultados confiáveis. Apesar disso, em testes acertei algumas.
 Era de se esperar que em algum momento essa verdadeira fissura de transformar tudo em fórmulas começasse mais um caminho na minha mente. Sempre fui leitor assíduo, não apenas de livros mas também de jornais e revistas. O caso aqui são as revistas.
Com a minha idade acompanhei a trajetória das revistas semanais mais importantes da atualidade, Veja, Civita, IstoÉ, Alzugaray, Época, Marinho e CartaCapital,  Mino Carta. Em muitos e muitos momentos vi os editoriais sobre os mesmos assuntos chegarem a conclusões contrárias. Absurdo? Ideologia? Muito ficaram me falando da parcialidade de cada uma em relação aos temas da atualidade, principalmente a política. Pensando em como resolver a questão, resolvi fazer um ranking para saber de que lado está cada revista, simplesmente contando quantos anúncios são de particulares e quantos são do governo. Esta semana ficou assim ( em páginas, contando contra-capa e sem anúncios da própria editora e coligadas):
Revista                              Governo             Particulares       Total
Veja 2.361                        0                          22                        22
CartaCapital786              5                          4                          9
Infelizmente, apenas comprei a Veja e a CartaCapital esta semana. Se alguém puder enviar os dados das outras duas, tanto melhor. Ao final,  será um bom indicador de qual revista está como governo e qual está contra?

 Qual a sua opinião? Está virando história!